


O mês de Junho é, tradicionalmente, o mês dos Santos Populares: St. António, S. João e S. Pedro. Contudo há que fazer uma grande distinção entre popular e popularucho. Podemos olhar para estes santos como uma boa desculpa para comermos umas sardinhas e saborearmos a alegria vínica. Podemos olhar para eles como uns “porreiros” pois até nos dão um feriado ou como boa desculpa para casamentos mediáticos incluindo os que de religiosos nada têm. A esta visão dos Santos chamamos de popularucha.
Podemos também olhar para eles como três homens que no seu tempo tiveram, mesmo com as suas fragilidades humanas, coragem de proclamar e viver o Amor a Deus e de Deus.
St. António dizia que “tudo é nada, excepto Amar a Deus”. É visto como o casamenteiro… e certamente ficará feliz se os casais descobrirem que o seu matrimónio é o Sacramento do amor e são o sinal do Amor de Deus pelos Homens. Certamente ficará feliz se os casais e cada pessoa descobrir que é no amor a Deus que toda a vida tem que acontecer. Ficará feliz, se cada acólito encontrar a verdadeira vocação a que é chamado.
S. João, o Baptista, amou tanto a Cristo que, para o anunciar, deu a sua vida. Foi ele que, com Jesus no Jordão, transformou um baptismo de conversão num baptismo de Filiação Divina. Várias vezes o quiseram fazer Messias, mas ele sempre respondeu que não. Ele apontava o Cordeiro de Deus dizendo: “que Ele cresça e eu diminua”.
S. Pedro, discípulo de Jesus, também entregou a sua vida pelo Seu Mestre. Caminhou com Cristo, sendo um simples pescador foi escolhido par guiar a Igreja nascente. Vacilou e negou-O, mas reconhecendo a sua fragilidade professou novamente o seu amor: “Tu sabes tudo, Senhor, bem sabes que Te amo!”
Três Santos. Três homens iguais a tantos outros. Três pessoas de situações sociais e económicas diferentes, bem como de diferentes níveis culturais e académicos. Contudo, três homens unidos no mesmo Amor, marcados e apaixonados pelo mesmo Jesus. Podendo valerem-se das suas condições, viveram com simplicidade e humildemente. Três dos Santos mais venerados por toda a Igreja e mais respeitados em todas as culturas e mesmo pelas outras religiões. Três homens que são para nós exemplo e estímulo para vivermos a Santidade que recebemos no Baptismo. Talvez por isso eles sejam tão populares entre nós: porque sendo do povo, nos indicam Aquele que deu a Sua Vida pelo Povo. O Acólito tem nestes três homens a grande força e exemplo do seu serviço, dedicação e amor à Eucaristia.
Existe uma que:
Santo António já se acabou,

O São Pedro está-se acabar,
São João,São João,São João,
Dá cá balão para eu brincar.
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